segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Coleção de pedras

Olá leitores! Devido a problemas técnicos com a internet fiquei um bom tempo sem postar, mas hoje volto com um belo poema pra vocês! ^^
Boa leitura!





Coleção de pedras


Com algumas pedras, certa vez, iniciei uma coleção
Não de pedras comuns ou indiferentes
Não de rochas ásperas e indecentes
Mas de belos minerais que agradavam a visão

Com duas comecei a juntar os tais objetos
Conseguindo mais uma aqui e ali e em todo lugar
Procurando sempre pelos cristais certos
E de repente eram tantas que não davam nem pra contar!

Consegui pedras vermelhas
Que refratavam a luz como fogo dançante
Imitando a fogueira a emitir centelhas
E nunca tendo um encanto mais fraco que o de antes!

Consegui pedras azuis
Que pareciam pequenos exemplares de imensos oceanos
Que abobavam a todos quando refratavam a luz
E que não perderam o encanto com o passar dos anos!

Porém um dia ganhei algo diferente
Uma pedra simplesmente normal
Sem formas complexas ou um espetáculo luminescente
Sem toda aquela beleza sobrenatural

Era suave nas curvas e simples em seu material
Era uma pedra com cara de ser forjada toscamente
E me desinteressei por ser tão banal
Mas seu formato de lágrima era surpreendente
E me candidatei a adotar a tal

Acontece que por ser simples assim
Por ser tão somente um mineral
Não tinha lugar naquela coleção sem fim
Carregava em meu bolso aquele “cristal”

E ela esteve presente a cada grande momento
Cada felicidade e tristeza
E aquele sentimento por ela, desinteressado e cinzento
De repente tornou-se amor a uma pedra de indescritível beleza

Podia não estar catalogada com a maioria
Aguardando mais uma na coleção
Paralisada e esquecida todo dia
Mas estava além disso, estava guardada em meu coração...

“O amor veio e superou imagens que eu julgava superiores a todas as outras, até então. O amor veio e me fez ver a verdadeira imagem do que deveria ser considerado perfeição. O amor veio e deixou uma lembrança de você sorrindo no meu coração, alimentando essa crescente saudade de quando eu era livre pra te olhar nos olhos e segurar sua mão...”

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