segunda-feira, 5 de abril de 2010

Os Elementais - Capitulo 2

Olá leitores, hoje, depois de um tempinho, trago a vocês o segundo capitulo d'Os elementais, espero que gostem ^^ Boa leitura ! ;D






Determinação


Ethan viajava há vários dias e ainda não havia descoberto onde e como chegaria ao próximo Elemental. Procurara nas mais diversas bibliotecas e nada. Analisava periodicamente o medalhão dourado a fundo, mas nada conseguia tirar dali além de admiração por sua beleza.
Ele andava por uma longa estrada em meio a uma área montanhosa, esperando talvez mais um encontro milagroso como o último, mas a cada dia que passava menos determinação tinha em achar o próximo.
Era tudo distante, a idéia de achar outro Elemental era estranha, apesar de sua última ocorrência era difícil acreditar que um elemento encarnado estaria esperando em algum lugar por ele, e já havia tanto tempo desde a água que parecia incomodamente como um sonho longínquo e Ethan já teria desistido da missão não fosse o medalhão para lhe provar que era real.
Seu pequeno falcão o acompanhava em seu ombro, e todas as vezes que Ethan pegava o medalhão para examinar, Hórus o fitava com o mesmo interesse. Em fato, todas as vezes que Ethan tirava o medalhão do pescoço, este parecia chamar atenção geral ao seu redor. Alguns animaizinhos paravam para observá-lo também, uma leve brisa rodeava sua mão e o silêncio era instantâneo. Pessoas também pareciam se hipnotizar pelo medalhão, assim como os animais.
Ele caminhava pensativo e distraído, quando Hórus chamou sua atenção. Ele olhou para o pássaro que olhava fixo a um ponto, ele fez o mesmo. Do topo de uma montanha próxima saia fumaça torrencialmente, Ethan pensou ser algo em fogo, mas tardados alguns segundos ele percebeu ser um vulcão.
Ele percorreu a montanha com os olhos quando seu medalhão começou a esquentar, Ethan se assustou e arrancou o medalhão do pescoço rapidamente. Ele o olhou segurando-o pela corrente e percebeu que o espaço a direita da pedra azul estava brilhando avermelhado, como metal incandescente.
Ele fitou curioso a montanha e o medalhão tremeu, parecia ler sua mente. Ele deu um passo em direção a ela e sentiu um pulso percorrer a corrente até seus dedos. Ele então começou a caminhar decidido em direção a montanha, quando o chão começou a estremecer.
As rochas que envolviam a montanha se arrastaram lentamente até formarem duas fileiras paralelas que pareciam terminar no meio da montanha, a terra se moveu deixando uma faixa clara como uma estrada entre as fileiras de pedra, e lá em cima, onde as fileiras pareciam acabar Ethan pode ver uma caverna se abrir. Não havia mais duvida, ele se dirigiu a entrada.
A caverna, como duvidou, era iniciada por um longo corredor. Assim como a primeira haviam pedras em suas paredes, desta vez vermelhas, que garantiam a iluminação do local. Ele caminhou, ainda segurando o medalhão pela corrente, que agora pulsava como um coração.
Ele andou bem uns quinze minutos antes de chegar ao fim do imenso corredor, então adentrou a sala ficando mais uma vez perplexo com sua beleza.
Não era abobadada como a anterior, era retangular lembrando um grande salão, um corredor também atravessava esta, sobre uma grande quantidade de magma, que estranhamente lembrava uma imensa piscina. A direita do corredor, mais adiante, havia uma plataforma retangular flutuando livremente pelo magma, Seu teto era forrado de estalactites, e cada uma delas, assim como suas paredes, cobertas com as pequenas pedras vermelhas.
Ethan andou, os olhos semicerrados pela luz e calor intensos do magma. Caminhou até o meio do salão e ficou de frente para a plataforma. O medalhão começou a pulsar loucamente e parou, então pulsou uma única vez com tal força que fez o salão estremecer.
A plataforma flutuou até o meio do salão e parou de se mover, uma abertura redonda se abriu no meio dela, e uma estalactite despencou no buraco atingindo o magma.
Ethan protegeu o rosto instintivamente, mas a lava fervente não espirrou. A estalactite parou a milímetros de atingir o líquido fervente, então desceu lentamente até deixar apenas uma pequena parte emersa, como uma plataforma circular. Então chamas subiram circulando a pequena plataforma até formarem algo, assim como antes, parecido com uma grande crisálida.
As chamas hipnotizavam Ethan, eram dotadas de uma beleza deslumbrante. Rodeavam o local lentamente, mas ainda sim muito vivas. Elas aceleraram a rotação e se concentraram em um pequeno globo de aspecto vítreo, como os rubis das paredes, e esse por sua vez, explodiram num mar de labaredas que fez Ethan gritar. Quando as chamas cessaram ela se revelou.
Era novamente uma mulher, o vestido que trajava era vinho intenso, seus lábios num vermelho provocante, suas íris laranja vivo ao mesmo tempo amedrontavam e davam sensação de confiança e seu cabelo era simplesmente fogo, que crepitava devagar, como uma pequena lareira num dia de inverno, e descia levemente até seus ombros.
Ela desceu da plataforma e caminhou pelo magma até estar bem próxima de Ethan. Ele sentia sentiu hálito quente quando ela falou:
- Ah sim, Ethan... Já havia previsto esta sua vinda há muito tempo. – Disse ela sorrindo.
- Desde meu encontro com a Elemental da Água?
- Desde a origem da sua raça Ethan, e me atrevo a dizer, que possa ter sido até antes disso.
Ele refleti sobre seu comentário, e passados alguns segundos ele percebeu que este estava além de sua compreensão. Sua atenção voltou quando ela recomeçou a falar:
- Mas vejo que você me encontrou mais cedo do que eu esperava! Não aguardava seu encontro enquanto sua raça ainda tivesse esperanças.
Ela era severa, Ethan percebeu que não mediria palavras nesta conversa.
- Ethan, sua missão, previamente seria fazer seus iguais recriarem uma pequena sociedade de um nada que restaria das atitudes que vocês se habituaram a tomar.
- Não compreendo?! – Disse ele surpreso.
- Vocês humanos, ávidos por poder, egocêntricos e gananciosos estavam levando a si para a destruição, sua raça destrói tanto a ela própria, quanto ao planeta e as outras que nele habitam. Porém nós percebemos que há ainda, alguns de vocês que se esforçam, que batalham por um destino melhor, pessoas que não necessitam de um agradecimento para fazerem uma boa ação, que valorizam o bem estar do próximo como valorizam o próprio. Crê em mim Ethan, não fossem esses poucos, não daríamos está chance de se recuperar tão cedo. Tua tarefa deixou de ser a ressurreição e se tornou a recuperação apenas. Espero que tenha em mente o fardo que carrega contigo Ethan.
- Entendo... É quase como um sonho velho, um pensamento esquecido, compreendo o sentido das palavras, mas não compreendo a complexidade da minha tarefa...
- E me atrevo a dizer que é por isso que ainda não a abandonou, pois ela não será nada fácil.
- Mas... Porque eu? – Foi uma pergunta que estava sem resposta a tempos, mas ele não tinha esperanças de consegui-la agora.
- Tudo há seu tempo Ethan. Agora vou lhe transmitir a mensagem que devo. Ethan, em frente a um desafio grande como o teu, eu lhe peço, que tenha e repasse aos seus irmãos, que tenha determinação... As pessoas se esqueceram de como devem lutar pelo que querem, não batalham mais pela sociedade como uma só, só se dedicam aos próprios interesses. Quero que mantenha as pessoas unidas, e mostre a elas como alimentar o fogo da determinação, que não recuem perante o inimigo, que enfrentem seus desafios como um único e bravo guerreiro. Lhe peço Ethan que façam a ver a vida como você! Nobre lutador que nunca retrocedeu diante os desafios e o perigo!
Então Ethan sentiu o fogo arder em seu peito, o coração bater destemido e os medos abandonarem sua mente. Percebeu que o mínimo lampejo de esperança, por ser mínimo, não deixava de ser esperança, e valia por ele lutar. Então disse decidido:
- Eu farei, e lutarei sem vacilar! – Sua voz ecoou forte pelo salão.
- Então, como minha irmã, lhe agradeço, e lhe deixo algo aqui...
O medalhão subiu no ar e ficou ali, Ela fechou os olhos e simplesmente assoprou, e de seu sopro saíram faíscas que se juntaram e formaram uma pedra vermelha reluzente fazendo companhia ao lado da azul.
- Adeus Ethan. - Ela sorriu, e numa enorme labareda desapareceu.
Ethan olhou para o outro lado do corredor, percebeu a luz do sol entrando agora, então prosseguiu para seu próximo encontro.

2 comentários:

  1. Nossa! Finalmente terminei de ler. ^^ Gostei muito da história,apesar de ainda faltar ler a primeira parte. Show de bola! Só achei ruim o fundo preto..ele cansa a vista muito rápido...tirando isso...parabéns! ^^

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  2. Obrigado =]
    Quanto ao fundo preto vou tentar fazer algo, pois já recebi pedidos pra mudar fundo branco porque tambem cansa a vista :P Huaeuuhae ^^

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