sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Desafios (Criatura - Cap.2)

Aaah dia tenso! Provão e tudo mais _ _'
Mas enfim, hoje eu estou postando aqui a segunda parte da criatura, espero que gostem /o/


“Seus olhos se estreitaram, o uivo foi intenso enquanto as nuvens se afastavam revelando a lua cheia, ela lançou um olhar de admiração a lua, que poderia ser o último...”
Ela avançava tão veloz quanto podia, o vento assoviava alto em seus ouvidos alertas, as patas macias já doíam, as pernas já vacilavam com a exaustão, mas ela não parava, a criatura corria desesperada...
Os relâmpagos iluminavam seu caminho, a chuva forte formava poças gigantescas, pelas quais a criatura observava aqueles vívidos olhos vermelhos atrás dela. Alguns poucos galhos secos no chão machucavam ainda mais sua pata, todos esses dias correndo e aquilo não diminuía o ritmo.
Havia uns bons dias que aquela coisa aparecera, a criatura havia se libertado a pouco, e então essa grande massa negra surgiu, aqueles olhos rubros intensos perseguindo a criatura incessantemente. Foi então que seu olhar se direcionou ao céu, um pássaro perdido na escuridão voava sem rumo, mas diferente da criatura ele estava tranqüilo, ele desfrutava a liberdade! A criatura parou abruptamente, e olhou para trás. Tudo que ela sempre quisera era a liberdade, todo o tempo que ela aguardou aprisionada era para ser compensado desfrutando essa liberdade! Mas agora tudo o que ela fazia era fugir. Ela olhou seu reflexo em uma poça e desviou o olhar envergonhada.
Então ela ergueu a cabeça, os pelos se eriçaram, as presas e garras ficaram a mostra, ela não ia mais fugir! Tudo que ela sempre quis estava sendo arruinado por aquela coisa, sua liberdade havia se tornado pior que seus longos anos aprisionada, ela não iria mais se rebaixar, não era certo de uma criatura como ela fugir, ela iria lutar...
De que vale uma vida de sofrimentos, viver fugindo dos problemas, se queixando dos acontecimentos? Ela não agüentava mais, iria conseguir sua sonhada liberdade... ou morrer tentando! Ela fitou a coisa por alguns instantes, seus olhos laranja se encontraram com o olhar assassino cor de sangue da coisa, ela uivou para a lua cheia e respirou fundo.
E então ela disparou como um raio em direção da coisa, o olhar travou no pescoço, a boca se abria pouco a pouco a medida que ela se aproximava da coisa, e quando se aproximou o suficiente ela saltou, as garras se prenderam no ombro da coisa que sacudiu freneticamente, mas a criatura se manteve firme, olhou para o pescoço e mordeu, o sangue jorrou tingindo a criatura, a coisa urrou desesperada, mas a cada grito a voz diminuía, os olhos se estreitavam mais um pouco, e finalmente a criatura ouviu o que ela queria. O silencio...
A luz do sol clareou suas pálpebras e a criatura abriu os olhos vagarosamente, as arvores previamente mortas, agora estavam repletas de vida, verdes, com pássaros cantando felizes...
As gigantescas poças não estavam mais lá, o sangue que coloria a criatura também não. Um outro uivo anunciou a vitória! A criatura olhou o nascer do sol, e se aconchegou ao pé de uma árvore, estava cansada, com sono, e então ela adormeceu, iria finalmente desfrutar a liberdade que sempre quisera...

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