segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ensinamentos de um eterno ciclo...

Foi observando o as cores da Primavera que aprendi a ver o belo no simples, que aprendi a sorrir por pequenos motivos, mesmo que banais. Foi vendo as folhas ressurgindo decididas e as flores desabrochando com delicadeza que aprendi a e criar esses pequenos motivos quando não conseguia vê-los mais, apenas por visualizar esse nascer da mãe natureza num ciclo infinito.
Foi no Verão que vi a vida resplandecendo incrível e se espalhando pelos arredores na forma de plantas e animais, e me ensinando assim que sorrir sozinho é impossível, uma vez que um pequeno sorriso também resplandece e se espalha pelas pessoas ao redor. Foi vendo também o sol forte que percebi que mesmo que incomodadas com seu resplandecer, as pessoas não tem meios de se privar do privilégio de sorrir e, por mais que resistam, um dia elas acabam cedendo a este.
Foi o Outono que me mostrou no despejar das velhas folhas que não há necessidade de cultivar velhos pensamentos em forma de preocupação e infelicidade, e que apesar do ato de se esvaziar parecer tolice num primeiro momento, me mostrou também que não há como se encher de novas folhas sem deixar os galhos aparentemente desprotegidos.
Foi esperando inquietamente o recomeço de toda a atividade das florestas que conheci o Inverno, e com ele aprendi que apesar do vazio, bastava esperar que tudo voltaria a ser como era antes. Aprendi que às vezes é necessário fazer uso da paciência e que certos sofrimentos são necessários ao progresso, e uma vez que isto foi reconhecido, o sofrimento deixa de incomodar.
Mas foi somente com o recomeçar de todo o ciclo que percebi como é essencial a mudança e que, mesmo depois de toda a decadência aparente, a natureza que parece nem se incomodar, volta sempre grandiosa após cada repetição, como exemplo vivo de todos os seus ensinamentos...

“As vezes caímos nas traiçoeiras armadilhas da rotina e da conservação, e entramos em profundo sofrimento sem ter idéia do motivo.
É nessas horas que devemos tomar o ponto de vista auto-analítico e nos criticar, para ter um motivo, mesmo que extremamente pequeno, para mudar. Por mais que mudar pareça ir contra os próprios princípios, há de se lembrar que toda a vida é baseada nas mudanças...”

Um comentário:

  1. Muito Bom!!!!
    Concordo plenamente
    (...)" por mais que mudar pareça ir contra os próprios princípios, há de se lembrar que toda a vida é baseada nas mudanças..."

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