Mesmo que jovem, já
tive nesta vida a experiência de conhecer e conviver com diversas famílias.
Nesses convívios com n pessoas de n lugares pude aprender um pouco sobre o que
é construir um elo forte entre os integrantes de um mesmo lar, ou de um mesmo
grupo.
Aprendi nestes anos
que família vai além de laços criados por sangue e lei, vi famílias formadas
por grupos de amigos, jovens amantes, profissionais de trabalho e estudantes de
um mesmo curso além da tradicional formada por pais e filhos, avós, primos e
tios.
Entendi que família
são pessoas que estão juntas por um mesmo objetivo, e que a mais bela família é
aquela que está junta pelo objetivo de estar junta. Entendi que o amor que une
as pessoas é construído com esforço nas horas difíceis e risos nas horas boas,
e que pessoas perfeitas que se unem e formam um elo forte simplesmente por
existir é uma lenda quase que folclórica.
Vi pessoas se esforçando
pra ver o sofrimento dos seus companheiros passar quando parecia que nada mais
valia a pena; vi também pessoas cobrarem de seus parceiros um apoio que nem
sempre eles podem ou querem dar. Consegue adivinhar quem foi mais feliz? Quem
riu mais? Abraçou mais? Foi mais alegre?
Eu aprendi com essa
vida quase que num tango que família saudável é algo que se constrói com a
iniciativa de sorrir quando o clima está meio nublado, com a coragem de dizer a
verdade quando as mentiras são muito mais confortáveis, com a paciência de se
surpreender a cada dia com um pequeno defeito e finalmente com a persistência
de tentar e tentar até brotar o amor.
Eu aprendi com a vida
num tango mais bonito que o último que a iniciativa de sorrir um dia se torna
natural, que a coragem dá lugar ao convite de ser sincero, que a paciência vira
a alegria de se conviver com algo de maior nos companheiros a cada dia, e que a
persistência de tentar vira a satisfação de conseguir!
Nenhum bom elo é construído
com ociosidade e reclamações, com rancor e desistência. Com isso não dá pra
fazer uma boa vida nem para si só, quanto mais a dois, três, quatro... E aí
daqueles que se garantem “sozinhos”, crentes com todas as forças de que não
precisam de ninguém, com a dádiva de ter o tempo infinito pra se fazer amigos,
amores, filhos e até netos, gastando todas as oportunidades com redes sociais e
televisão, afinal, como se aproveita um riso se ele é só para si? Como se faz e
recebe um cafuné sozinho? Como se chora num ombro e acolhe outro por si só?
Eu aprendi nessa
vida aqui que tem poucas pessoas que sabem o verdadeiro valor de se cultivar
uma família, e aprendi melhor ainda o quanto sou privilegiado de ter aprendido
com várias dessas poucas que o esforço vale a pena.
E obrigado a você
que dedicou um tempo para ler esse texto meu. Até o próximo!
Excelente texto. Compartilho e tenho como verdade tudo que foi escrito.
ResponderExcluirMuito obrigado pela atenciosidade :)
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