segunda-feira, 20 de julho de 2015

Um excerto sobre família


  Mesmo que jovem, já tive nesta vida a experiência de conhecer e conviver com diversas famílias. Nesses convívios com n pessoas de n lugares pude aprender um pouco sobre o que é construir um elo forte entre os integrantes de um mesmo lar, ou de um mesmo grupo.
  
  Aprendi nestes anos que família vai além de laços criados por sangue e lei, vi famílias formadas por grupos de amigos, jovens amantes, profissionais de trabalho e estudantes de um mesmo curso além da tradicional formada por pais e filhos, avós, primos e tios.
  
  Entendi que família são pessoas que estão juntas por um mesmo objetivo, e que a mais bela família é aquela que está junta pelo objetivo de estar junta. Entendi que o amor que une as pessoas é construído com esforço nas horas difíceis e risos nas horas boas, e que pessoas perfeitas que se unem e formam um elo forte simplesmente por existir é uma lenda quase que folclórica.
  
  Vi pessoas se esforçando pra ver o sofrimento dos seus companheiros passar quando parecia que nada mais valia a pena; vi também pessoas cobrarem de seus parceiros um apoio que nem sempre eles podem ou querem dar. Consegue adivinhar quem foi mais feliz? Quem riu mais? Abraçou mais? Foi mais alegre?
  
  Eu aprendi com essa vida quase que num tango que família saudável é algo que se constrói com a iniciativa de sorrir quando o clima está meio nublado, com a coragem de dizer a verdade quando as mentiras são muito mais confortáveis, com a paciência de se surpreender a cada dia com um pequeno defeito e finalmente com a persistência de tentar e tentar até brotar o amor.

  Eu aprendi com a vida num tango mais bonito que o último que a iniciativa de sorrir um dia se torna natural, que a coragem dá lugar ao convite de ser sincero, que a paciência vira a alegria de se conviver com algo de maior nos companheiros a cada dia, e que a persistência de tentar vira a satisfação de conseguir!
  
  Nenhum bom elo é construído com ociosidade e reclamações, com rancor e desistência. Com isso não dá pra fazer uma boa vida nem para si só, quanto mais a dois, três, quatro... E aí daqueles que se garantem “sozinhos”, crentes com todas as forças de que não precisam de ninguém, com a dádiva de ter o tempo infinito pra se fazer amigos, amores, filhos e até netos, gastando todas as oportunidades com redes sociais e televisão, afinal, como se aproveita um riso se ele é só para si? Como se faz e recebe um cafuné sozinho? Como se chora num ombro e acolhe outro por si só?

    Eu aprendi nessa vida aqui que tem poucas pessoas que sabem o verdadeiro valor de se cultivar uma família, e aprendi melhor ainda o quanto sou privilegiado de ter aprendido com várias dessas poucas que o esforço vale a pena.

  
  E obrigado a você que dedicou um tempo para ler esse texto meu. Até o próximo!

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